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Leishmaniose: quais são os perigos para o seu cão?

Leishmaniose: quais são os perigos para o seu cão?
CN
Por Gabriela, especialista no tema Cachorro

Como proteger eficazmente o seu companheiro contra essa doença? Existem medidas preventivas principalmente para cães que vivem ou frequentam áreas de risco. Também há uma vacina para protegê-lo dessa doença.

Quem é o responsável pela leishmaniose?

É o flebotomo, um inseto minúsculo próximo ao mosquito. Este inseto está ativo de abril a outubro. Embora seja encontrado principalmente no entorno do Mediterrâneo, tem avançado significativamente para o noroeste nos últimos anos.

O inseto responsável pela leishmaniose é mais perigoso em certos momentos do dia?

No sul da França – certamente porque os donos estão mais informados - muitos não passeiam mais com seus cães ao entardecer. De fato, é nesse momento que os mosquitos e insetos são mais virulentos. Precauções que os viajantes devem conhecer quando visitam áreas de risco com seus cães.

Por que a leishmaniose é uma doença vetorial emergente?

Certas parasitoses surgem em áreas onde antes eram desconhecidas, como é o caso da leishmaniose. Essas doenças estão se multiplicando no norte da Europa, enquanto seu ponto de origem é o sul.

O aquecimento global é hoje comprovado. Segundo medidas diretas feitas nas últimas décadas e estimativas a partir de cortes de troncos de árvores, corais e núcleos de gelo polar ou de geleiras, é evidente que o final do século passado corresponde a um aquecimento sem precedentes da temperatura superficial desde pelo menos um milênio.

Essa mudança afeta todo o sistema biológico planetário. Os mosquitos, entre outros vetores de doenças, são extremamente sensíveis às mudanças climáticas (reprodução ou taxa de mortalidade).

Essa evolução explica, em particular, por que carrapatos antes restritos ao sul da França hoje podem sobreviver muito bem no norte, que está aquecendo. De fato, pequenas variações de temperatura e umidade afetam rapidamente as populações de artrópodes. Isso também se aplica ao flebotomo, minúsculo mosquito responsável pela transmissão da leishmaniose (ver parágrafo abaixo).

Mas mais do que o aumento médio da temperatura, são os fenômenos extremos (chuvas, inundações, tempestades...) que são a causa dessa evolução. Eles podem ser a origem de verdadeiras epidemias, pois longe de diminuir as populações vetoriais, elas favorecem o desenvolvimento.

Períodos de seca, seguidos por estações de chuvas intensas e incomuns, vão gerar explosões de populações de mosquitos e, portanto, epidemias de doenças vetoriais. Na verdade, mais do que a temperatura, é o bioclima como um todo (temperatura e pluviosidade) que deve ser levado em conta na evolução observada.

Por que a leishmaniose é perigosa para o cão?

Esta parasitose pode ser mortal para o cão e recorrências são frequentes devido à não eliminação do parasita ou porque muitos cães são portadores do parasita.

O acompanhamento do tratamento é muito difícil e a melhora clínica pode ser apenas temporária.

Imagem de cachorro

A maioria das doenças vetoriais, como a leishmaniose, são zoonoses, ou seja, podem afetar tanto o animal quanto o homem. A leishmaniose é um verdadeiro desafio de saúde pública.

Quais são os sintomas da leishmaniose em cães?

O cão afetado por esta doença:

  • enfraquece,
  • perde peso de maneira preocupante,
  • apresenta o surgimento de lesões cutâneas, úlceras,
  • uma descoloração ao redor dos olhos em forma de óculos,
  • um alongamento das unhas...

Também é possível observar às vezes:

  • distúrbios nervosos,
  • problemas de claudicação,
  • abatimento,
  • problemas digestivos
  • danos oculares como uveíte,
  • uma inflamação da úvea, que é a camada vascular do olho.

Vale ressaltar que nem todos os cães desenvolvem sintomas sistematicamente, ou só muito tempo após terem contraído a doença. Por outro lado, alguns cães afetados podem morrer em alguns meses.

Os tratamentos permitem que os cães se curem da leishmaniose?

Não, não completamente. Claro, os sintomas serão tratados, mas as recaídas não são descartadas.

Um acompanhamento veterinário regular é indispensável. É aí que um seguro para cães permite gerenciar melhor o orçamento de saúde do seu companheiro, podendo lidar com as despesas veterinárias, já que a leishmaniose pode exigir acompanhamento e tratamentos ao longo da vida.

Nos cães que estão infestados e, portanto, não apresentam ou apresentam poucos sintomas, o prognóstico é considerado "bom". Mas nas formas graves, é considerado "sombrio". Na verdade, tudo depende da resposta imunológica do cão. Algumas raças, como o boxer, por exemplo, são consideradas mais sensíveis à doença. Como um cão infectado pode perfeitamente transmitir a doença para seus filhotes, é necessário, como medida de precaução, que aqueles detectados como positivos sejam afastados da reprodução.

Como proteger seu cão contra a leishmaniose?

A prevenção é essencial para enfrentar essa doença e sua evolução. Além do fato de passear com seu companheiro em momentos menos "perigosos" do que outros, como explicado anteriormente - embora isso possa parecer nem sempre muito evidente - uma primeira precaução é o uso de um inseticida que seu veterinário irá prescrever e para o qual você deve seguir as recomendações de uso. Existem várias formas: spot-on (pipetas), spray, coleiras.

Além disso, uma vacina foi desenvolvida e está disponível desde 2011. Ela reduz por quatro os riscos de desenvolver leishmaniose. Portanto, esta é uma precaução adicional que não deve ser negligenciada.

A vacina é, portanto, uma proteção adicional para cães que vivem em áreas de risco ou aqueles que fazem estadias regulares ou duradouras nas áreas afetadas.

Quando vacinar seu cão contra a leishmaniose?

Cães testados positivos não devem ser vacinados. Cães não portadores (saudáveis) podem ser vacinados após terem sido testados:

  • a partir dos 6 meses de idade,
  • são necessárias 3 injeções com 3 semanas de intervalo
  • depois um reforço anual. O cão estará protegido 4 semanas após a 3ª injeção. Se você estiver indo para uma área de risco, terá que considerar esses atrasos.
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