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Por que e como cuidar dos dentes do meu cachorro?

Por que e como cuidar dos dentes do meu cachorro?
CN
Por Gabriela, especialista no tema Cachorro

A doença periodontal, também conhecida como periodontite, é a condição bucal número 1 em cães. É consequência de uma má higiene bucal. Mau hálito é um dos sinais que podem indicar essa condição. No entanto, as consequências podem ser mais graves. Portanto, um tratamento adequado e, principalmente, uma prevenção apropriada são essenciais.

Mais de três quartos dos cães com mais de 4 anos sofrem de problemas dentários, principalmente doença periodontal ou periodontite, que causa a perda dos dentes e outros distúrbios às vezes graves.

Portanto, a higiene bucal é uma necessidade para prevenir esses problemas.

Placa Bacteriana: Invisível aos Olhos!

Inicialmente, encontramos a placa bacteriana, um biofilme bacteriano que se deposita e adere à superfície dos dentes e então se acumula entre o dente e a gengiva; a formação da placa bacteriana ocorre rapidamente após uma refeição (em 6 a 8 horas), mas permanece invisível a olho nu.

É a presença dessas bactérias que causa a inflamação e, portanto, a gengivite, seguida por uma série de problemas associados.

Tártaro: Uma das Consequências da Doença Periodontal

Como consequência, a mineralização da placa bacteriana leva à presença de tártaro, agora visível. O tártaro dentário é então apenas uma consequência da doença periodontal, mas não sua causa. No entanto, agrava a gengivite e promove o depósito contínuo de placa bacteriana, criando um ciclo vicioso.

Uma boa higiene bucal do seu cão é necessária, pois a doença periodontal não fica sem consequências para o cão, necessitando, portanto, de cuidados dentários. Primeiramente, é responsável pelo mau hálito, chamado halitose, incômodo para o tutor e o entorno do animal.

Gengivite e Perda Dentária

Além do tártaro e halitose, outros sintomas característicos de problemas dentários são gengivas avermelhadas, possivelmente sanguinolentas, uma mudança na maneira de mastigar e roer, queda de dentes, abatimento e salivação excessiva.

Ao se infiltrar sob a gengiva, o tártaro a enfraquece e irrita, levando a uma gengivite mais ou menos significativa e dolorosa para o cão, que tem dificuldade para mastigar.

Com o tempo, a ampliação desses mecanismos pode levar a dor significativa, infecções bucais, abscessos, perda dentária... Todos esses são fenômenos que caracterizam a doença periodontal.

Repercussões em Vários Órgãos

Mais grave, essa doença pode ter consequências sistêmicas, com bactérias entrando na corrente sanguínea e sendo transportadas pelo organismo. Diferentes manifestações podem resultar, afetando o sistema respiratório, hepático, digestivo, renal, ocular, cardíaco...

Imagem de cachorro

Conhecemos vários fatores de risco para a doença periodontal em cães e também em gatos, incluindo fatores raciais. Cães de pequeno porte (menos de 8 kg) são frequentemente mais afetados e de forma mais grave. Cães jovens também são afetados.

Alimentação: Um Fator de Risco Importante

A alimentação também é um fator de risco importante, ligado à atividade mastigatória mais ou menos intensa que induz. Deve-se notar que quanto mais o cão mastiga, menor é o risco de periodontite. Consequentemente, as rações úmidas apresentam um risco maior de gerá-la.

Uma vez que o tártaro se estabeleceu e sua quantidade é muito grande, a única solução para removê-lo é a limpeza realizada por um veterinário sob anestesia geral na maioria dos casos.

Agradecimentos a Maud Lafon, veterinária

O que podemos fazer para combater...

  • Escovar os dentes do seu cão. Embora possa ser trabalhoso, uma boa escovação é muito eficaz para animais de estimação, desde que realizada regularmente. Pastas de dente e escovas específicas, com sabores apreciados pelos cães, estão disponíveis no mercado.

  • Promover a função mastigatória usando ossos específicos, lâminas ou bastões para mastigar...

  • Existem também soluções dentárias antibacterianas para adicionar à água potável, que podem ser úteis como complemento.

Vale ressaltar que os fabricantes de alimentos desenvolveram produtos específicos que otimizam a mastigação e, assim, uma ação mecânica sobre os dentes, capaz de reduzir o acúmulo de placa bacteriana. Eles também podem ser úteis como coadjuvantes.

Não hesite em pedir conselho ao seu veterinário.

Programando uma Limpeza

Quando o tártaro está demasiadamente instalado, a única maneira de removê-lo é através de uma limpeza, realizada por um veterinário, sob anestesia geral na maioria dos casos. O profissional usa um aparelho de limpeza sônico ou por ultrassom, idêntico aos usados pelos dentistas.

Antes de realizar a limpeza, ele pode fazer uma radiografia com um sistema intra-oral para coletar informações sobre o estado dos dentes e identificar possíveis dentes a serem extraídos.

Não há uma idade definida para a primeira limpeza, pois o aparecimento do tártaro varia muito entre os cães.

Além da remoção do tártaro, a limpeza também dá a oportunidade ao veterinário de extrair possíveis dentes desalinhados ou cariados, e, portanto, dolorosos, e até de fazer suturas para ajudar as gengivas a cicatrizar.

Como é feito sob anestesia, a limpeza é totalmente indolor para o cão.

No entanto, para ser duradouro, deve obrigatoriamente ser acompanhado por medidas complementares, pois após sua realização a placa bacteriana reaparece em 6 a 8 horas.

Mesmo que seja trabalhoso, a escovação diária é, portanto, altamente recomendada...

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