Toxoplasmose e tifo felino: quais os riscos?
Toxoplasmose e Gatos
Existe sim um risco para gestantes ao entrarem em contato com gatos de contrair toxoplasmose, porém, esse risco é praticamente negligenciável se mantida uma boa higiene. Já o tifo em gatos tornou-se raro graças à vacinação.
A transmissão da toxoplasmose por um gato infectado ocorre em um curto período: apenas 48 horas após a excreção. O animal elimina os oocistos da toxoplasmose em suas fezes.
O gato doméstico, que geralmente não caça pássaros ou roedores, pode ser contaminado ao comer carne infectada (boi, porco, carneiro, cavalo).
A toxoplasmose pode ser perigosa para o feto em gestantes, mas somente se as condições mínimas de higiene não forem respeitadas.
De acordo com a FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (boletim de 24/09/2000), um estudo realizado em seis centros europeus demonstrou que "o gato não aumenta o risco de contaminação por toxoplasmose".
Gestante e Toxoplasmose: maiores riscos com carne mal passada
O papel mais significativo na ocorrência de uma soroconversão em gestantes é a ingestão de carne mal passada. As fezes de um gato que não sai de casa e é alimentado com ração industrial não representam nenhum risco de contaminação.
Uma boa higiene é essencial para proteção, como em qualquer outra doença que possa ser transmitida por gatos. Isso inclui lavar as mãos após manusear ou tocar o animal, e usar luvas ao limpar a caixa de areia.
Tifo em Gatos: Uma Doença Tornada Rara Graças à Vacinação
A panleucopenia felina, mais conhecida como "tifo em gatos", é causada por um parvovírus. Ele se multiplica nas células, desde o intestino até a medula óssea.
Gatos não vacinados, errantes e aqueles já infectados podem transmitir o tifo. Extremamente resistente no ambiente (sobrevive mais de um ano em média ao ar livre), pode ser transmitido tanto por contato direto quanto por objetos contaminados.
A gata gestante também pode transmitir a doença para os fetos que carrega, através da placenta.
Os filhotes, se não morrerem, podem apresentar lesões no cerebelo. Essas sequelas não são imediatamente visíveis e manifestam-se como perda de equilíbrio quando os filhotes começam a andar.
A vacinação tem sido eficaz na contenção da propagação da doença, mas ela não foi completamente erradicada. Além disso, gatos adultos e resistentes podem não apresentar sintomas evidentes.